Brasil ainda tem muitos gargalos que podem ser aproveitados pelo setor de compósitos

Líder latino-americana em catalisadores, matérias-primas dos compósitos, a Polinox expandiu no ano passado a capacidade produtiva da planta que opera em Itupeva (SP), chegando a 360 toneladas/mês – salto de 15%. O movimento surpreendeu o mercado, pois a demanda por compósitos no período despencou. De acordo com a Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO), a queda foi de brutais 21,2%.

Longe do clichê “crise é oportunidade” dos manuais de autoajuda corporativos, o caminho trilhado pela Polinox baseia-se exclusivamente na constatação de que o consumo per capita de compósitos no Brasil, de menos de 2 kg, está a léguas do notado lá fora: 8 kg nos EUA, 5 kg na Europa e 4 kg na Ásia.

“Claro que a situação atual é muito difícil, o país vive uma de suas piores crises e devemos rever todas as despesas, apertar o cinto mesmo, mas não podemos esquecer a comparação do consumo per capita. Somado a esse descompasso, existe uma gigantesca carência no país em setores nos quais os compósitos são comprovadamente as melhores alternativas, como habitações populares, transporte público e saneamento básico”, afirma Roberto Pontifex, diretor da Polinox.

Aos números

Para zerar o déficit habitacional, o Brasil precisa de nada menos do que 7 milhões de casas, de acordo com o Ministério das Cidades, e os compósitos já foram homologados pelos órgãos governamentais para a construção de habitações populares.

Com 86% da sua população de 204 milhões de habitantes vivendo em cidades e precisando se locomover – um em cada quatro brasileiros se desloca de ônibus diariamente, segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) –, o país necessita de R$ 240 bilhões em investimentos para tirar do papel 343 projetos de mobilidade (dados da Confederação Nacional dos Transportes – CNT). Destaque também para a frota envelhecida que circula nas ruas brasileiras. Os cerca de 400 mil ônibus, por exemplo, têm idade média de 8 anos e 8 meses, calcula o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Em relação ao saneamento básico, 59,4% dos brasileiros recebem atendimento adequado de abastecimento de água e apenas 39,7% têm acesso ao esgotamento sanitário, informa o Plano Nacional de Saneamento Básico. Ou seja, falta água encanada e falta (muita) coleta de esgoto.

“Em paralelo, a geração de energia eólica vive um momento de forte expansão no Brasil, impulsionando não só a venda de compósitos à base de resina epóxi, como os de poliéster também”, observa Pontifex. Em 2015, a energia eólica representou 5,5% (7,7 GW) da matriz elétrica brasileira e, conforme as projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), alcançará 11,3% (22 GW) em 2023.

Pontifex destaca ainda outras aplicações com enorme potencial para o setor de compósitos, como os postes de luz – bem mais leves que os de concreto, são ideais para regiões só acessadas por transporte fluvial, a exemplo de diversas cidades do Amazonas – e embarcações. Neste caso, a despeito da gigantesca costa litorânea e de centenas de rios navegáveis, o Brasil fabrica irrisórios cinco mil barcos por ano – nos EUA, por exemplo, a média é de 250 mil.

“Por esses motivos, a Polinox segue investindo no mercado brasileiro de compósitos. Haverá milhares de oportunidades para aqueles que estiverem preparados para atender a essa gigantesca demanda represada. Basta uma pequena melhora na situação econômica do país, em conjunto com um maior equilíbrio no cenário político, ainda que isso esteja longe de acontecer em 2016”, conclui Pontifex.

Sobre a Polinox

Fundada em 1960, a Polinox fabrica mais de 40 tipos de catalisadores indicados para as tecnologias de moldagem aberta e fechada de compósitos, do tradicional processo de spray-up usado na fabricação de caixas d´água e piscinas até a complexa infusão de cascos de embarcações e pás eólicas. A Polinox também é a única empresa 100% brasileira do seu segmento a dispor de sistemas de gestão baseados em normas internacionais, como ISO 9001 e ISO 14001. Em 2015, a empresa foi eleita pela terceira vez Top of Mind da Indústria de Compósitos na categoria “Catalisadores” – organizado pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO), é o principal prêmio do setor.

Para mais informações, acesse www.polinox.com.br

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